Cura Crística

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MÉDIUM NA IGREJA CATÓLICA?



O importante é que a mediunidade seja bem usada, com responsabilidade,

integridade e respeito.
Usada com equilíbrio.

Estudá-la é importante para todos, médiuns ostensivos ou não, porque a
intuição, mesmo em grau não muito evidente, nada mais é que a forma
que espíritos, bons ou não, usam para passar-nos suas intenções.
Conhecendo melhor saberemos filtrar o que nos vem ao pensamento, se é
caridade de bons espíritos ou obsessão.


Lotando igrejas há 15 anos com um grupo que reza o Terço de forma bastante
incomum, ele conversa com os santos, os anjos e os mortos. E
hoje lança seu primeiro livro, “a pedido de Nossa Senhora”

POR BRUNO ASTUTO

Rio - À primeira vista, o carioca Pedro Siqueira, 39 anos, é um cara normal.

Torcedor (roxo) do Fluminense, formado pela PUC do Rio, dá expediente todos
os dias na Advocacia Geral da União e ministra aulas de Direitos
Administrativo e Processual Civil. Casado com outra advogada, Natália,
espera o primeiro filho, mora em Botafogo, gosta de viajar e pratica
jiu-jítsu nas horas vagas.
Tudo bem trivial não fosse Pedro o maior fenômeno da Igreja Católica que o
Rio já conheceu nos últimos tempos. Há 15 anos vem lotando igrejas, —
primeiro a Santa Mônica, no Leblon, hoje a Nossa Senhora da Imaculada
Conceição, na Gávea — todas as últimas terças-feiras do mês, com seu grupo
de oração do Terço, em que ora, lê passagens da Bíblia, canta, toca violão e
transmite cerca de 10 mensagens de santos , anjos e mortos, os quais, conta,
vê e escuta desde criança.

- Quando começaram as suas visões?

Minha mãe relata que a primeira vez que ela viu que havia algo de diferente
foi quando eu, bebê, morri nos braços dela. Ela correu para
chamar uma vizinha, me levou ao hospital e, de repente, eu ressuscitei. Lá
em casa, as janelas batiam, a cama balançava, as coisas mexiam. Daí comecei
a ter as visões, as audições e as coisas que falam dentro do meu peito. Às
vezes, coisas muito ruins.

- Esses fenômenos ainda continuam?

Teve um dia que começaram a aparecer tufos de cabelo pelo chão da casa; em
outro, no banheiro social, as paredes apareceram cheias de
fezes de morcego. Mas, no geral, não acontecem. De vez em quando, aparecem
pessoas no Terço dizendo que estão possuídas, mas não estão.


- Os médicos descartaram qualque r possibilidade de um caso clínico?

Tudo: neurologista, psicólogos, psiquiatras. Disseram que não havia nada
clinicamente, que eu era uma pessoa normal, que não precisava de
remédios. Era atleta, competia na natação. Minha mãe, então, pensou: ‘vou
ter que colocar um cabresto nesse menino’ e me proibia de falar,
para me proteger. Se meu filho também tiver o dom, eu agiria diferente.

- Como era na escola?

Eu ficava na minha, porque tinha que me enturmar. Naquela época, o Santo
Agostinho era só de meninos. Dentro da medida, eu tive uma vida
normal, fora as visões. Saía, namorava, ia a matinês, mas sempre gostei mais
dos esportes.

- Você também vê mortos, mas a fé católica, de certa forma, proíbe a
comunicação com eles.

No episódio da Transfiguração, Jesus se comunica com Moisés, e os apóstolos
também o veem. Não existe nenhum dogma qu e proíba isso. O Padre Pio, que foi
santificado pelo Papa João Paulo II, conversava com almas do Purgatório, por
exemplo. Sou muito devoto dele.


- Alguém na Igreja já lhe disse para parar?

Para parar não, mas, às vezes, vinha um padre pedindo que eu não desse as
mensagens, que eu não falasse de cura, acho que por medo de algo que não
está sob controle. Mas isso não está no controle de ninguém, nem do meu. Por
uma política de boa vizinhança, eu não faço muita
coisa que poderia fazer. Mas a Bíblia tem uma coisa muito interessante que é
a questão de não chocar seu próximo.


- Como reagem as pessoas do seu trabalho, na Advocacia Geral da União?

Eu trabalho na Procuradoria Regional. As pessoas no início ficaram chocadas,
mas hoje se acostumaram, umas me pedem para rezar.


- Suas visões o ajudam nos casos judiciais?

Não (risos). Nossa Senhora não me aparece, não se mete nisso. Acho que são
assuntos muito mundanos para Ela. Com o tempo, eu aprendi a controlar o dom;
no tribunal, por exemplo, não vejo nada.

- Você tem medo de que as pessoas não acreditem em você?

Tem várias pessoas que não acreditam, várias. Até parentes meus, que acham
uma bobagem. Eu realmente não ligo. Nada acontece por acaso; eu tenho uma
missão a cumprir. Se Nossa Senhora escolheu essa missão para mim, eu faço
por Ela, por amor a Ela. Se eu não fizesse, eu seria incompleto. Eu não
posso me trancar e isolar do mundo como eu gostaria e ficar somente vendo e
meditando.

- E você considera isso um dom ou um fardo?

Todo dom é pesado, porque ele te exige muito. Tem épocas em que eu estou
mais cansado, que eu não quero ir ao Terço, que sinto dores
terríveis pelo corpo, pela coluna, pelas pernas, nas mãos. No começo, as
reuniões eram semanais, agora são mensais, por causa do volume de trabalho.
Eu sei que algumas pessoas vão ao grupo me vendo como uma atração de circo.
Isso já me incomodou, mas hoje entendo que é um gancho que Nossa Senhora
usou para divulgar o Terço.

- Por que você tem esse dom e não eu, só para dar um exemplo?

Também gostaria de saber, mas todo dom passa pela individualidade. Na
verdade,eu sou um homem das cavernas. Sou um cara cheio de manias, sou
travado, não sou moderno, gosto de futebol, de lutar, não gosto de
publicidade nem de aparecer. Mas entendo que seja necessário para divulgar o
livro, que me foi pedido por Nossa Senhora numa peregrinação a Fátima. Eu
não sou padre, não doutrino ninguém, só quero rezar o Terço. A mensagem do
livro é que as pessoas têm que recuperar sua fé, porque sempre tem um
momento na vida em que dinheiro e beleza não resolvem nada.

- É verdade que o telefone só toca de lá para cá, como disse Chico Xavier?

É verdade. Não adianta a pessoa me procurar e pedir para falar com alguém.
As pessoas precisam aprender a rezar por elas, pelo próximo,
pelo irmão, pelo mundo e a não precisarem de mim para rezar. Eu saio com
muitos pedidos de oração, mas seria melhor que a própria pessoa
fizesse isso.

- Você se considera o Chico Xavier dos católicos?

Nunca. Ele era um homem santo, puro, puríssimo.

- Você disse que vê também espíritos maus. Quer dizer que eles existem?

Vejo, sim, e claro que existem, assim como existem pessoas boas e más.

- E quanto ao assassinato das crianças de Realengo, que chocou o País?

Ele não estava possuído; era uma pessoa doente que não foi tratada. Ao que
me parece, pela leitura da carta e pelo histórico, ele estava em
surto . Tenho visto no grupo várias pessoas com problemas psicóticos,
esquizofrênicos, depressivos que não são tratadas e atribuem seus
problemas a uma natureza espiritual. O assassino, sem dúvida, terá que
cumprir uma pena, mas sua perturbação mental será levada em conta. Temos
também que orar por ele, porque Deus ama todos os Seus filhos.


- Como uma mãe de Realengo pode ter fé depois de uma tragédia como essa?


Uma tragédia como essa significa que Deus ruiu a casa dela inteira para que
tudo recomece do zero, com Ele. Porque isso aqui é passagem,
nós estamos em trânsito. No início pode haver revolta, mas é preciso ter fé,
porque a verdade está do outro lado.

Preta Velha fala aos filhos de Deus

Mãe Preta fala aos filho:
Deus caminha junto a ocê!




A mior coisa que tem é nóis saber que somos uma maravilha.

Sim, eu sei que ocê pode não se sentir isso, mesmo assim ocê continua a ser uma maravilha.

Uai, ocê num sabia?



Então Mãe Preta vai ter que falar, vai ter que anunciar aos quatro ventos que ocê é maravilhosa, digna e poderosa, mesmo sentindo o que ocê sente.



- Mas Mãe Preta, eu me considero muito nervosa e irritada.

Não consigo me imaginar sendo esse ser maravilhoso que a senhora diz.



- Uai, minha nêga, esse mundo é constituído pela dualidade, luz e escuridão, dor e alegria, masculino e feminino. Dentro de cada um di nóis há essa ambigüidade. Há um anjo e tumbém uma criança dolorida e sofrida. A energia di Deus num é nem luz nem escuridão... Ela é a terceira força.



- Que papo é esse Mãe Preta? A senhora vem com essas filosofia...



- Qual o poblema, minha nêga? Eu Sou como Sou e estou totalmente bem do jeito que Sou. Se eu fosse amarela, branca ou azul, tumbém ia filosofar. Isso pruque Eu Sou linda e maravilhosa independente do corpo que eu tenha. Minha alma foi criada à imagem e semelhança di Deus. É pra lá qui eu zóio.



Mas como eu ia dizendo pra ocê,

a energia di Deus é a energia do amor, da aceitação.



Ela abraça ambos os opostos e os transforma em algo único, o Amor.

Mas nóis gosta mesmo é di fazer panca, di se achar espiritual.

Então cumeça a dizer que tem que eliminar negatividade,

que tem que deixar de ser pancudo, que tem que se miorar.



Ocê tá nessa terra pra se divertir, dar gargalhada,

se amar e se aceitar do jeito que é.



Pruque ocê num integra os opostos em ocê?

Ocê num consegue viver cum a imperfeição?

Então fica irritada com o que num consegue mudar.

Vai... continua nessa luta, nesse conflito interior.



- Mãe Preta então por que eu sofro se eu estou no caminho espiritual?



- Pruque ocês fazem desse caminho um caminho de luta..



Querem combater o mal que há em ocês.

Querem eliminá-lo.

E por que fazem isso com ocês, tumbém querem fazer com o mundo di fora.

Pruque ocê num se zóia cum abertura?

Hein, minha nega, pruque ocê num vê a si mesma cum abertura?



Vive na Terra se culpando.

Ocê acha que eu num sei que ocê morre di medo di Deus?

Ocê tá sempre pensando qui num tá fazendo o suficiente, num é mesmo?



Oração e meditação clareiam a sua dor pra ocê exercer seu papel di anjo.



Por isso, rejeitar essa criança sofrida dentro di ocê atrai só porcaria pra sua vida.

Eu quero vê ocê se aceitá e se amar do jeito que é, minha fia.

Eu quero ver ocê amar todas as partes di seu ser, principalmente

aquelas mais doloridas que ocê num quer revelar pra ninguém.



É, ocê acha que Mãe Preta num conhece ocê?

Ocê acha que nêga véia num sabe desse seu ódio, dessa sua raiva,

dessa sua tristeza, desse seu medo?



O que essa criança dentro di ocê tá necessitando, hein minha nêga?

Ela tá percisando di respeito, di amor, di se sentir importante e aceita.



Quando que ocê vai parar de querer eliminar ela e tomar vergonha nessa cara?

Quando ocê vai exercer o papel de anjo que ocê é e cumeçar a escutar a dor dela,

hein, minha nêga?



Ocê num percebeu ainda que tá na Terra pra curar a sua dor,

a dor dessa criancinha sofrida dentro de ocê?

Deixa di ser pancuda e sem vergonha.

Assume essa sua dor e envolve ela com seu amor e aceitação.



Essa gente tem medo di ser rejeitada, di ser desconsiderada por

mostrar a sua criança aos outros, num é mesmo?

Ocê acha que nêga véia num sabe?



Essa gente pancuda quer eliminar os defeitos, quer se espiritualizar...

Mas quer saber?.... ocê num vai a lugar algum desse jeito.



Ouve a voz dos preto, meu fio, é pelo amor e aceitação da sua própria escuridão

que ocê integra as polaridades e entra no caminho da unidade.



Enquanto ocê num abraçar sua própria escuridão com amor e aceitação,

ocê vai continuar sendo pancudo e sem vergonha.



Uai, minha gente, Deus caminha com ocê,

mas a energia Dele é puro Amor e Aceitação.



Num é luta e negação, não.



Eu Sou essa nêga véia, sim, perfeita e maravilhosa com as porcaria que tenho, uai.

Vou me expressar e brilhar nessa Terra, pruque eu to unida com a força do anjo que Eu Sou e tumbém da minha criança que brinca, ri e chora.



Mãe Preta se dispedi dizendo:

Muita Paz!