Cura Crística

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mensagem de Sr. Boiadeiro da Campina



Não atira menina


O Mateiro corta o mato
E o mato cai no chão
O sementeiro sementa
Pra começar a plantação

Vem a chuva molha tudo
Oh! Meu Deus! Que absurdo
Não esqueço um só dia
Da danada chuva fria

A boiada passa a pique
Na porteira de madeira
Boiadeiro se dedique
À sua fé verdadeira

Sou do mato lá de minas
Sou do sertão que é seco
Sou dos Pampas, tão bonito
Sou de onde que eu chego

Aruanda fica longe
Mas de mim não fica não
Já que ela ta guardada
Dentro do meu coração



Me mandaram um boi doente
E queriam que eu matasse
Pedi pra sinhá dona
Pra que com ele eu ficasse

O boi quieto e franzino
Nasceu, cresceu, morreu assim,
Mas com a força do Divino
Nos deixou uns cabritim



Todos vem e vão daqui
Não importa o que foi
Só precisa deixar coisa boa
Como fez o meu boi

Que seria dos cabrito
Se o boi eu tivesse matado
Que seria dos menino com o boi arrematado

Acolhi aquele boi
Com amor ao animal
Amor e fé é o remédio para o mal

Sou Boiadeiro,
Macumbeiro,
Embolado no laço bom,
Laçando, macumbando,
Pra seresta dar o tom



Não atira, essa menina
Larga essa arma aí no chão
Sou Boiadeiro da Campina
Boiadeiro do sertão.





Psicografia de Gilberto Cipriani Tortorella – Ditado pelo espírito Boiadeiro da Campina

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