Cura Crística

segunda-feira, 4 de abril de 2011

PARÁBOLA DA FIGUEIRA QUE SECOU


8. Quando saíram de Betânia, Jesus teve fome; e vendo ao longe


uma figueira, foi até ela para ver se encontrava alguma coisa, e, ao se
aproximar, encontrou apenas folhas, pois não era época de figos. Então
Jesus disse à figueira: Que ninguém coma nenhum fruto de ti; foi o que
seus discípulos ouviram. No dia seguinte, ao passarem pela figueira, perceberam
que esta tinha se tornado seca até a raiz. E Pedro, lembrando-se
das palavras de Jesus, Lhe disse: Mestre, vede como a figueira que amaldiçoastes
tornou-se seca. Jesus, tomando a palavra, disse: Tende fé em
Deus. Eu vos digo, em verdade, que todo aquele que disser a esta montanha:
tira-te daí e lança-te ao mar, sem que seu coração hesite, mas
acreditando firmemente que tudo aquilo que disser acontecerá, ele o verá
de fato acontecer. (Marcos, 11:12 a 14, 20 a 23)

9 A figueira que secou é o símbolo das pessoas que têm apenas
a aparência do bem, mas que, na realidade, não produzem nada de
bom; oradores que têm mais brilho do que solidez, cujas palavras têm
o verniz da superfície, agradam aos ouvidos, mas quando são analisadas,
não encontramos nada de proveitoso para o coração e, após
tê-las ouvido, fica-se perguntando qual proveito que delas se tirou.
É também o símbolo de todas as pessoas que têm a oportunidade
de ser úteis e não o são; de todas as utopias*, de todos os
sistemas vazios e de todas as doutrinas sem base sólida. O que lhes
falta, na maior parte das vezes, é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé
que comove as fibras do coração; em uma palavra, a fé que transporta
montanhas. São árvores que têm folhas mas não têm frutos.
Eis porque Jesus as condena à esterilidade, pois chegará o dia em
que ficarão secas até a raiz, ou seja, todos os sistemas, todas as
doutrinas que não tiverem produzido nenhum bem para a Humanidade
serão reduzidos ao nada; e todos os homens deliberadamente
inúteis, que não utilizaram os recursos de que dispunham, serão tratados
como a figueira que secou.
10 Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem-lhes
os organismos materiais que lhes faltam para nos transmitir suas
instruções; eis porque são capacitados com dons para esse fim.
Nestes tempos atuais de renovação social, têm uma missão especial:
são como árvores que devem dar o alimento espiritual aos
seus irmãos. Devem multiplicar-se para que o alimento seja farto;
serão encontrados em todas as partes, em todos os países, em
todas as classes sociais, junto aos ricos e aos pobres, aos grandes
e aos pequenos, a fim de que não faltem em nenhum lugar e para
provar aos homens que todos são chamados. Mas se desviam de
seu objetivo providencial o dom precioso que lhes foi concedido, a
mediunidade, se a fazem servir às coisas fúteis ou prejudiciais, se a
colocam a serviço dos interesses materiais, se ao invés de frutos
salutares dão maus frutos, se recusam torná-la benéfica para os
outros, se dela não tiram proveito para sua própria melhoria, são
como a figueira estéril. Deus, então, lhes retirará um dom que se
tornou inútil em suas mãos: a semente, que não souberam fazer frutificar;
e assim se tornarão vítimas de maus Espíritos.

Retirado de O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

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